O soldado da Polícia Militar Jocivaldo dos Santos de Brito, suspeito de matar o colega de farda Adailton Teixeira Melo, 45 anos, teve a prisão preventiva relaxada após decisão da Justiça. O crime foi cometido após uma discussão na fila do banheiro de um bar, no bairro de São Marcos, na madrugada de 21 de setembro.
A liberdade do homem foi concedida nove dias depois do homicídio. No documento, o juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, que assinou o alvará de soltura na tarde de segunda-feira, 30, disse que a decisão acatou o pedido de revogação da prisão preventiva, mas mediante aplicação de medidas cautelares.
Não houve demais justificativas da sua decisão. Entre as proibições aplicadas estão: acesso e frequência ao local do crime; manter qualquer tipo de contato pessoal, telefônico, virtual, e-mail, aplicativos telefônicos (Whatsapp, Telegram e outros) ou por interposta pessoa, com testemunhas e familiares da vítima; sair de Salvador; voltar para casa no período noturno; além de exercer a profissão nas ruas, sendo permitidas as atividades no local interno na unidade militar designada.
Discussão fatal
A preventiva foi cumprida no dia 22, após o PM se apresentar com advogado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Desde então, ele ficou custodiado no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. Adailton teria sido morto após os dois discutirem e depois trocarem tiros nas dependências do estabelecimento, mas uma das suspeitas é que a confusão tenha começado alguns momentos antes.
Na troca de tiros entre os policiais militares, Adailton foi atingido por três disparos no rosto, em um dos braços e em um dos ombros. Parte da ação foi registrada por uma câmera de segurança do estabelecimento.
A vítima, que era lotada na 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (37ª CIPM/Liberdade), chegou a ser levada para o Hospital São Rafael, mas não resistiu. No dia em que se apresentou, Jocival ainda levou a sua pistola usada no crime. Agora, com sua soltura, além das medidas aplicadas, de acordo com o magistrado, caso ele descumpra quaisquer das cautelares, a prisão preventiva pode ser restabelecida.
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