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Educação Paralisação

Universidades estaduais da Bahia fazem paralisação acadêmica, por 24h, hoje (19)

Professores recusaram proposta do governo. No mesmo dia do protesto será realizada nova rodada de negociação.

19/08/2024 08h41 Atualizada há 2 meses
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs), em assembleias realizadas na semana passada, rejeitaram a proposta de recomposição salarial do Governo Estadual. Como resposta ao Palácio de Ondina, aprovaram uma nova contraproposta e a paralisação por 24h na UNEB, UEFS, UESB e UESC, que acontece nesta segunda-feira (19), em todo o território baiano.

A assembleia da Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB) aconteceu na quarta-feira (14), no Campus de Salvador. Professores presentes na atividade entenderam que, embora a proposta do governo tenha sido rebaixada, houve um avanço nas negociações. “O Executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo. Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do DIEESE, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, afirmou Clóvis Piáu, o Coordenador Geral da ADUNEB.

O professor João José Borges, Coordenador da pasta de Comunicação da ADUNEB, destacou que a situação fiscal do Estado da Bahia é uma das melhores do país, e isso permite pensar o quanto o governo Jerônimo Rodrigues deveria ser mais justo na proposta de reparação salarial. “Não podemos aceitar que 1% seja uma proposta digna, ainda mais considerando que o atual governador é também oriundo de uma universidade do Estado", afirmou Borges. O docente explicou ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal do país impõe, como limite prudencial para despesas com folha, o percentual de 46,55% da Receita Corrente Líquida. Na Bahia, o percentual de tais despesas é de aproximadamente 40%. Os dados comprovam que o governo tem margem segura e suficiente para realizar a recomposição salarial reivindicada.

Paralisação e reunião com o governo

A orientação dos sindicatos é que professoras/es façam atividades de mobilização em todas as cidades do Estado que possuam campi das UEBAs, a exemplo de panfletagem, rodas de conversa, utilização de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio. Em Salvador, em frente ao pórtico da UNEB, no Cabula, às 9h, acontece um café da manhã com panfletagem.

 Nesta mesma segunda-feira (19), dia da paralisação, acontece na Capital baiana mais uma reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores das UEBAs. A atividade será realizada às 14h30, na Secretaria Estadual da Educação. 

Contraproposta

Os professores das UEBAs também aprovaram uma contraproposta que será apresentada ao governo na reunião de segunda-feira. A proposição foi elaborada tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner, também do PT. Assim, o Movimento Docente reivindica o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do IPCA), e acrescenta um reajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos.

Além da questão salarial, as/os professoras/es das UEBAs também reivindicam a resolução para questões como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho remanescentes e o final da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores.

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