A empresária Cristiana Prestes Taddeo acusou, em seu acordo de delação premiada, a Polícia Civil da Bahia de ter se omitido de proposito para blindar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante as investigações sobre as fraudes em um contrato de R$ 48 milhões para a compra de respiradores. Nesse período, o petista era governador da Bahia. A informação é da coluna Aguirre Talento, no portal UOL.
De acordo com a publicação, em um dos pontos da delação, Taddeo diz que os delegados da Polícia Civil que estava à frente do caso havia se recusado a transcrever as citações ao nome de Rui Cota nos termos de depoimento. Ela alega ter citado o petista "três ou quatro vezes".
“Todas as vezes que eu mencionei o governador Rui Costa, os delegados que estavam me entrevistando minimizaram a sua participação dizendo que ele não tinha nenhuma culpa; que essas respostas se repetiram e, em algumas oportunidades, de forma agressiva; que então eu percebi que eles estavam protegendo o governador”, teria dito Cristiana Taddeo, em delação premiada.
Cristiana Prestes Taddeo prestou depoimento à Polícia Civil da Bahia depois de ter sido presa temporariamente em junho de 2020. Ela foi libertada após cinco dias.
A empresária afirma ainda que a então delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Bahia, Ana Carolina Rezende, que acompanhou seus depoimentos, era quem mais blindava Rui Costa. Taddeo diz ainda que, ao ter acesso aos documentos de seus depoimentos à Polícia Civil, o nome do ex-governador não havia sido registrado.
A empresária disse que a então delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Bahia, Ana Carolina Rezende, acompanhou os seus depoimentos e era a que mais protegia o governador, além de outros delegados que também participaram dos interrogatórios.
“Depois que eu fui solta e li os termos dos meus depoimentos que foram juntados ao inquérito, verifiquei que eles não traduzem na integralidade os fatos que eu narrei nos meus depoimentos; eu citei o nome do governador Rui Costa por volta de três, quatro vezes ao tratar sobre o contrato celebrado com o Consórcio Nordeste, principalmente sobre quem assinou o contrato, mas seu nome não constou nenhuma vez nos termos que foram juntados aos autos”, diz Cristiana Taddeo.
A defesa de Rui Costa usa o fato de hoje ministro ter determinado a abertura do inquérito pela Polícia Civil como um dos argumentos para negar o envolvimento dele no caso.
Em nota, o ministro da Casa Civil negou qualquer relação os as fraudes encontradas no contrato, além de nunca ter tratado com intermediários sobre a compra dos respiradores.
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