A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (17) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar manipulação de resultados em partidas de futebol. O requerimento de abertura da comissão foi lido no fim de abril pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
Na mesma ocasião, Lira também leu os requerimentos de abertura de outras duas CPIs: do MST e outra sobre inconsistências bilionárias nas contas das Lojas Americanas, que também devem ser instaladas nesta quarta.
Para a presidência da CPI das apostas, foi eleito como presidente o deputado Julio Arcoverde (PP-PI). A primeira vice-presidência ficou com André Figueiredo (PDT-CE), e a segunda, com Daniel Agrobom (PL-GO).
A comissão terá 120 dias para investigar o tema. O requerimento de criação da CPI é de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE) e foi lido dias após a operação policial que apura um esquema de fraudes no Campeonato Brasileiro e em torneios estaduais.
CPI das apostas quer ouvir jogadores envolvidos na manipulação de jogos
No documento, o parlamentar relata casos de suspeitas de manipulação do resultado de jogos, em razão de apostas esportivas e afirma que falta regulamentação para o setor.
"As apostas esportivas atualmente vão além de tentar adivinhar o resultado de uma partida. Elas permitem apostar, por exemplo, qual time de futebol terá mais escanteios em um jogo ou até qual equipe receberá um número específico de cartões amarelos ou vermelhos, e aí que as quadrilhas agem. A falta de regulamentação do setor ainda deixa lacunas que permitem que criminosos agindo de má-fé maculem o resultado esportivo", diz o requerimento.
Para que uma CPI seja instalada é necessário que, pelo menos, 171 deputados apoiem a criação da comissão. Em seguida, os líderes partidários devem indicar os integrantes do colegiado.
A indicação da lista de integrantes da CPI foi finalizada horas antes do início da reunião do colegiado nesta quarta-feira (17). A proporção das vagas nas comissões segue o número de partidos e blocos.
Veja abaixo quem são os integrantes da CPI das apostas esportivas:

Áudios, vídeos e mensagens revelam como funcionava a manipulação de apostas no futebol
No dia 10 de maio, a Justiça do estado de Goiás aceitou denúncia contra 16 acusados de participação em um esquema de corrupção que envolve jogadores de futebol e apostadores.
Segundo o Ministério Público de Goiás, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos – como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time.
Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas. Entre os réus, estão sete jogadores e nove apostadores.
Também na semana passada, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal que passe investigar o esquema.
Após o escândalo, o Ministério da Fazenda anunciou que prepara uma medida provisória para regulamentar o mercado de apostas esportivas no país Zé. O texto prevê práticas para coibir manipulação de resultados e a taxação da prática.
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