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Moraes determina que PF ouça Valdemar em até 5 dias sobre propostas golpistas

Mais cedo, a Polícia Federal pediu autorização para ouvir o presidente do PL. Valdemar Costa Neto afirmou em entrevista que interlocutores do governo anterior recebiam propostas com teores golpistas.

31/01/2023 22h29 Atualizada há 3 anos
Por: Boca de Forno Fonte: G1
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. — Foto: José Cruz/ABr
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. — Foto: José Cruz/ABr

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que em até 5 dias a Polícia Federal tome depoimento do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre propostas golpistas. 

Em entrevista ao jornal "O Globo", Valdemar afirmou que integrantes e interlocutores do governo Jair Bolsonaro tinham, em suas casas, propostas similares à "minuta do golpe", encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal. 

Mais cedo nesta terça-feira (31), a PF havia pedido ao ministro autorização para ouvir Valdemar. 

Segundo o ministro, as declarações de Valdemar "devem ser esclarecidas no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito à adesão, por terceiras pessoas, de eventual intenção golpista". 

Ainda de acordo com Moraes, possíveis crimes em investigação são golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. 

Valdemar Costa Neto diz ao 'Globo' que havia propostas de decreto golpista 'na casa de todo mundo'

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O documento apreendido na casa de Torres sugeria a decretação de um "estado de defesa" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alterar o resultado eleitoral que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição. 

Na mesma entrevista, Valdemar disse que ele mesmo recebeu várias dessas sugestões – mas tomou o "cuidado" de triturar os papéis. 

"Tinha gente que colocava [as propostas] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei", disse o presidente do PL.

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