O presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a taxa de rejeição entre os eleitores, já que 52% declaram que não votariam nele de jeito nenhum. O dado é da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1°). O segundo candidato mais rejeitado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 39%
No levantamento anterior, de 18 de agosto, Bolsonaro tinha 51% de rejeição, e Lula, 37%. Na terceira posição, está Ciro Gomes (PDT), com 24% de rejeição -ele tinha 25% na pesquisa anterior.
Roberto Jefferson (PTB), que teve seu registro de candidatura negado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta, é rejeitado por 20% -antes, eram 25%. Em seguida, a lista tem Vera Lúcia (PSTU), com 15%, Felipe d'Avila (Novo) e Simone Tebet (MDB) e Léo Péricles (UP), os três com 14%, Soraya Thronicke (União Brasil) e Sofia Manzano (PCB), ambas com 13%, e Eymael (DC), com 12%.
Outros 3% não sabem, enquanto 1% não rejeita nenhum e 1% rejeita todos. Pablo Marçal (Pros) tem 14% de rejeição, mas sua candidatura foi retirada pelo partido e é alvo de disputa interna e na Justiça.
A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 5.734 pessoas em 285 cidades do país de terça-feira (30) a quinta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-00433/2022.
A pesquisa mostra que Lula lidera em intenção de votos, com 45%, ante 32% de Bolsonaro. Na série histórica do Datafolha, tendo como base as primeiras pesquisas feitas após o início do horário eleitoral na TV e rádio, Lula está no patamar de rejeição que tinha em 30 de agosto de 1994, de 38%, até então a rejeição mais alta registrada pelo petista nas cinco vezes em que disputou a Presidência.
Ele chegou ao final daquele pleito com 40% de rejeição. Em 9 de setembro de 2002, Lula marcava 30% de rejeição (29% ao final). Já em 22 de agosto de 2006, sua rejeição era de 26% (chegou a 30% no fim da eleição).
O atual presidente vem à frente no índice de rejeição desde maio, mas o percentual vinha caindo --54% em maio, 55% em junho, 53% em julho e 51% em agosto. A nova pesquisa mostra que a trajetória de queda foi interrompida, com oscilação para 52%, ou seja, variação dentro da margem de erro.
A pesquisa desta quinta capta mudanças de humor a partir do início da propaganda eleitoral na TV e no rádio, do debate no último domingo (28) e das entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional.
O debate, por exemplo, explorou o desgaste de Bolsonaro com as mulheres, já que o presidente atacou uma jornalista. A rejeição dele, que é de 52% na média, chega a 55% entre esse grupo.
A rejeição a Bolsonaro é de 48% entre homens, 58% entre jovens de 16 a 24 anos, 56% entre quem recebe até 2 salários mínimos, 43% entre quem recebe mais de 10 salários mínimos, 55% entre quem tem ensino fundamental, 53% entre quem tem ensino superior, 46% entre moradores do Norte e do Sul, 32% entre empresários, 59% entre desempregados, 36% entre evangélicos e 54% entre quem recebe Auxílio Brasil.
Já o índice de rejeição a Lula vem subindo -33% em maio, 35% em junho, 36% em julho e 37% em agosto.
A tendência de alta se manteve com os 39% atuais. Nos últimos 15 dias, Lula se indispôs com o setor agro, por ter chamado parte dele de "fascista e direitista" e teve acusações de corrupção exploradas pela campanha bolsonarista. Além disso, foi alvo de fake news que buscavam desgastá-lo junto aos evangélicos. Nesse grupo, a rejeição a Lula, que é de 39% na média nacional, chega a 52%.
A rejeição de Lula é de 44% entre homens, 35% entre mulheres, 44% entre quem tem de 25 a 34 anos, 29% entre quem recebe até 2 salários mínimos, 55% entre quem recebe mais de dez salários mínimos, 27% entre quem tem ensino fundamental, 48% entre quem tem ensino superior, 28% para moradores do Nordeste, 63% entre empresários, 27% entre desempregados e 29% entre quem recebe Auxílio Brasil.
Os candidatos mais rejeitados --Bolsonaro e Lula-- são também os mais conhecidos, já que existe uma relação entre esses quesitos. Lula é conhecido por 98%, e Bolsonaro, por 97%. Ciro é conhecido por 89%.
Os candidatos que participaram do debate viram um salto em suas taxas de conhecimento em relação à pesquisa de 18 de agosto. Tebet era conhecida por 27% e, agora, por 44%. Já Soraya foi de 7% para 24%, e d'Avila passou de 19% para 27%.
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