Mesmo com vários locais de atividades culturais fechados em meio aos desafios impostos pela pandemia, a indústria criativa no Brasil manteve crescimento e passou por uma transformação. Entre 2017 e 2020, primeiro ano da pandemia, cresceu 11,7% em números de profissionais formais, chegando a 935 mil. Dados do Mapeamento da Indústria Criativa mostram que a Bahia tem o segundo maior percentual em todo país sobre a participação de profissionais de cultura na indústria criativa – 12,2% de toda indústria criativa baiana é de profissionais da área cultural.
“Quanto à participação de profissionais de cultura na indústria criativa, Paraíba e Bahia têm o maior percentual (13,6% e 12,2%, respectivamente), bem acima da média nacional (6,4%). Este estudo serve para conhecermos mais o setor da Indústria Criativa, estimular políticas públicas específicas e orientadas para cada setor, além de ajudar a definir estratégias de negócio para as áreas”, disse o vice-presidente da Firjan, responsável pela elaboração do mapeamento, Leonardo Edde.
A Firjan divide o mapeamento em quatro áreas criativas - Tecnologia, Consumo, Mídia e Cultura -, e considera os dados do mercado de trabalho formal. Além de Paraíba e Bahia, Piauí (11,8%); Alagoas (11,4%); Acre (11,0%) e Rio Grande do Norte (10,6%) lideram o ranking de participação de profissionais na área cultural. Já quanto Consumo e Tecnologia representam mais de 85% dos vínculos empregatícios em todo Brasil. Na Bahia, este percentual é de 76%.
“A Economia Criativa é indissociável da cultura de um povo. Valorizar e incentivar a cultura é um investimento direto nesse modelo de economia. Ter a Bahia entre os principais destaques nesse setor, só mostra o quanto a nossa cultura tem valor, não apenas imaterial, mas financeiro, como mola propulsora da economia e geradora de emprego e renda", disse o presidente da Associação Baiana das Produtoras de Evento (ABAPE), Moacyr Villas Boas.
Conforme o estudo, no geral, São Paulo e Rio de Janeiro seguem como os estados mais representativos no mercado de trabalho criativo em 2020 com 50,9% dos empregos. Até 2020, havia cerca de 380,3 mil vínculos em SP e, no RJ, 95,7 mil.Na Bahia, estado com maior participação no Nordeste, são 28,8 mil. Porém, o PIB criativo do estado é apenas o 13º estado no ranking nacional, e cresceu de 1% em 2017 para 1,2% em 2020.
Fazedor de cultura
Responsável pela elaboração e execução de projetos, programas, eventos e atividades culturais, o produtor cultural é a peça chave para a montagem de qualquer produto artístico cultural. Produtora de cultura há mais de 15 anos, Simone Carrera comemorou em entrevista à Tribuna da Bahia o resultado do mapeamento que mostra a Bahia como segundo estado em termos percentuais com maiores profissionais atuando na área de cultura.
“Eu vejo a divulgação de números dessa natureza de uma forma muito positiva. Nós temos um mercado de economia criativa extremamente interessante. Apesar de todos os problemas que a gente passou nos últimos anos, acho que esses números mostram que nós estamos dando um recado que esse mercado deve ser olhado com mais atenção. É um alerta para o poder público que nosso mercado tem que ser visto de uma forma especial porque pode florescer muito mais”, disse Simone Carrera.
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