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Cerca de R$ 2 milhões em pés de maconha foram incinerados na Bahia

A cidade de Sento Sé foi a que apresentou o maior volume de erva incinerada.

16/05/2022 09h16
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação / SSP-BA
Foto: Divulgação / SSP-BA

A lei antidrogas no Brasil proíbe em todo o território nacional o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, com exceção para aquelas plantas de uso exclusivamente ritualístico religioso e no caso de fins medicinais e científicos. Mas as fiscalizações da Polícia Militar na Bahia comprovam que muita gente continua plantando maconha em larga escala. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/BA) entre janeiro e dezembro de 2021 foram erradicados 1,2 milhão de pés da erva e este ano foram eliminados 396,9 mil pés, o que equivale a cerca de R$2 milhões.

Os dados são incríveis, uma vez que até maio deste ano já foram presas 18 pessoas durante as operações de erradicação destas plantações, pela Polícia Militar. A cidade de Sento Sé foi a que apresentou o maior volume de erva incinerada com 172 mil pés de maconha. O valor total de toda essa droga incinerada entre o ano passado até o início de maio de 2022 equivale a R$2 milhões.

O Coronel Valter Araújo Comandante de Policiamento da Região Norte CPR-N no interior do estado da Bahia afirma que, que para efeito de segurança pública, as operações de combate às plantações de maconha são intensas, “nós temos seis grandes comandos que são: Leste, Oeste, Sudoeste, Chapada, Sul e Norte. Cada um deles possui um coronel à frente. A região Norte faz divisa com 4 estados e 53 municípios na área que abrange Paulo Afonso com Sergipe, Alagoas e Pernambuco até Campo Alegre de Lourdes próxima ao estado do  Piauí,  e da cidade de São Raimundo Nonato.”

Polígono da Maconha

O trabalho da Polícia Militar (PM) tem sido árduo desde as décadas de 1980 e 1990, quando as operações de combate às drogas foram reconhecidas nacionalmente. O Coronel Valter destaca que com o apoio da Inteligência da SSP, atualmente o sertanejo tem o direito de ir e vir. “Tive a oportunidade desde tenente a trabalhar nesta área e fizemos um trabalho muito forte na região do São Francisco principalmente em Casa Nova. É um problema antigo.  Diante desta necessidade de combate no chamado polígono de maconha que é justamente essa região de Campo Alegre de Lourdes, Remanso até Paulo Afonso, criamos a antiga Companhia da Caatinga (CPAC) hoje Companhia Independente de Polícia Especializada em Caatinga (Cipe – caatinga). Surtiu efeito e essa é uma redenção para o sertanejo.  Onde tem plantio da droga ele não pode sair de casa suas cabras, ovelhas e vacas são roubadas e eles ficam sitiados forçados a sair da região para que os traficantes tomem esse espaço. Com esse trabalho tiramos essa região do polígono da maconha”.

Xique xique que já foi chamada de capital  da maconha, segundo Coronel Valter, hoje após as operações  da Polícia Militar  é uma zona livre de plantio da droga, “chegamos a realizar uma operação em conjunto com a Polícia Federal (PF), que durou  cinco dias, com total apoio da SSP através de Ricardo Mandarino e do nosso comandante geral Coronel Coutinho passamos a intensificar há mais de um ano diversas operações trazendo redenção, um bálsamo para o sertanejo garantindo o direito de ir e vir trazendo paz no sertão com milhões de pés de maconha erradicados. O Grupamento Aéreo da PM/BA (Graer) também contribui muito nestas operações. Graças a Deus estamos tendo resultados e não vamos parar. Sabemos das consequências dos traficantes cultivando maconha prejudicando a vida dos sertanejos”. Plantações de maconha foram encontradas durante rondas ostensivas, nas cidades de Sento Sé, Curaçá, Remanso, Casa Nova, Abaré e Juazeiro

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