O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem um acordo para que 15 empresas francesas invistam R$ 100 bilhões no Brasil até 2030. O compromisso, de acordo com o petista, foi firmado na sexta-feira, em Paris, por meio de uma reunião entre o líder brasileiro e o setor produtivo francês.
"Se a gente somar os investimentos que nós conseguimos na China, se a gente somar os investimentos que nós conseguimos no Japão, nós vamos perceber que nós estamos fazendo aquilo que todo e qualquer presidente da República precisaria fazer pelo Brasil", afirmou o chefe do Executivo, em pronunciamento feito momentos antes de embarcar para a cidade francesa de Nice, onde cumprirá agenda até amanhã.
A França é a terceira maior origem de investimentos diretos no Brasil. São US$ 66,34 bilhões em estoque. "A estimativa é de que mais de mil empresas francesas atuem no Brasil, com responsabilidade direta pela geração de 500 mil postos de trabalho", projetou a Presidência da República.
Durante a coletiva, Lula afirmou, ainda, ser o seu papel enquanto presidente fazer o "meio de campo" entre os setores produtivos brasileiros e estrangeiros com o objetivo de ampliar negócios. "O papel do presidente é abrir a porta e dizer para os caras: 'olha, estão aqui as possibilidades, nós produzimos isso, nós oferecemos isso, o que você tem para nos oferecer?', e fazer negócio. E foi isso que eu fiz aqui na França", completou.
Setores estratégicos
Embora não tenha detalhado como esse investimento bilionário será aplicado na economia brasileira, o presidente destacou parcerias com a França em setores estratégicos e de tecnologia de ponta nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, sustentabilidade, defesa e segurança pública.
Além de Lula, o pronunciamento a jornalistas em Paris contou com a participação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O titular do Itamaraty explicou os detalhes sobre as parcerias comerciais firmadas entre Brasil e França.
"O Brasil desenvolve com a França projetos importantes bilaterais em áreas de ponta, como satélite geoestacionário de comunicações e o Supercomputador Santos Dumont. Vale mencionar também o Centro Franco Brasileiro de Biodiversidade Amazônica que reativamos em 2024 e que nesse ano começa a financiar pesquisas conjuntas dos dois países", afirmou o ministro.
Também foram assinados acordos bilaterais entre Brasil e França para fortalecer a cooperação no desenvolvimento de vacinas e produtos laboratoriais. Nesse quesito, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estabeleceu novas parcerias com instituições francesas, como o Instituto Pasteur.
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