A Bahia é o estado brasileiro com mais mulheres que recebem até um salário-mínimo. Cerca de 66% das baianas com idade a partir de 14 anos ganham até R$1.302 mensalmente. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua) referentes ao último trimestre de 2023.
De acordo com a supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ana Georgina Dias, a hostilidade do mercado de trabalho local é um dos principais fatores.
“O mercado é hostil para grande parte dos trabalhadores, 52,1% estão na informalidade. A questão da renda é muito ligada a forma de inserção dessas pessoas no mercado. A Bahia recorrentemente figura como o estado com a maior taxa de desemprego. Quando se analisa a questão da precariedade, as mulheres, sobretudo as mulheres negras estão representadas nessa estatística”, explica.
A Bahia é o quarto estado com mais mulheres negras recebendo até um salário-mínimo, atrás do Maranhão, Paraíba e Piauí. O índice entre as mulheres brancas cai para 56,6%. O rendimento médio salarial das mulheres baianas é de R$1.766, 12% menor que os homens (R$ 1.998). Cerca de 48% das mulheres baianas estão na informalidade e 47,2% não tem contribuição previdenciária.
“No mercado de trabalho há vários marcadores de discriminação. No caso da mulher negra, há uma situação chamada de duplo preconceito, por gênero e raça. As mulheres negras costumam ter o menor rendimento, a maior taxa de informalidade e maior desocupação”, continuou.
A Bahia também é o quarto estado com mais mulheres inativas (sem exercer trabalhos formais ou informais). São 3,3 milhões de baianas fora da força de trabalho. O índice só é menor que os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Outras 492 mil baianas estão procurando emprego, uma taxa de desocupação de 16,2%.
“Esses números são causados pelo tipo de ocupação e a maneira que são inseridas no mercado. As mulheres não têm as mesmas oportunidades e são as que se afastam do trabalho para assumir as responsabilidades familiares e isso faz que elas tenham uma participação menor”, completou Ana Georgina.
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