A Polícia Federal afirmou que não foi possível identificar eventuais mandantes e financiadores dos hackers que invadiram o Telegram de Deltan Dallagnol e de outros integrantes da força-tarefa da Lava-Jato.
Com base nessa conclusão, o MPF (Ministério Público Federal) pediu, no mês passado, o arquivamento de inquérito aberto com esse fim. A manifestação foi assinada pelo procurador Wellington Divino Marques de Oliveira. O caso tramita na 10ª Vara Federal Criminal de Brasília.
A invasão do aplicativo também é alvo de uma ação penal que corre na Justiça após o MPF denunciar sete pessoas por crimes relacionados ao ataque cibernético que mirou procuradores da República e autoridades dos Três Poderes. Entre os envolvidos estão Walter Delgatti Neto, Luiz Molição e Thiago Eliézer Martins Santos.
Obtidas pelo The Intercept, o conteúdo das mensagens foi divulgado pelo site e outros órgãos de imprensa. Ao expor a proximidade entre Sergio Moro e integrantes da Lava Jato, o material colocou em dúvida sua imparcialidade como juiz no julgamento dos processos da operação.
No final de 2019, um segundo inquérito foi instaurado pela PF para tentar elucidar a existência de outras pessoas envolvidas no caso, incluindo possíveis mandantes e financiadores.
O trabalho procurou "identificar a existência de um concurso de pessoas relacionadas a um possível autor intelectual, que teria planejado a ação delituosa selecionando os alvos a terem seus dispositivos eletrônicos invadidos pelos investigados".
Os investigadores afirmaram que novas diligências foram realizadas, incluindo a reanálise de todo o material apreendido durante a tramitação do primeiro inquérito. Foram também revistos todos os depoimentos e declarações prestadas no decorrer da apuração inicial.
"Nos emails e demais materiais apreendidos, bem como nas movimentações financeiras realizadas e, confrontando, essas transações com o conteúdo examinado não foi possível identificar um agente que tenha requerido aos réus que iniciassem ou continuassem as invasões aos dispositivos sob o fornecimento de qualquer tipo de vantagem ou promessa de fornecê-la", disse a PF.
O MPF conclui pelo arquivamento do inquérito "à vista dos argumentos" da polícia e por "entender pela inexistência de linha investigativa hábil a comprovar a hipótese criminal".
As mensagens acessadas pelos criminosos foram obtidas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com autorização judicial e foram usadas para acusar Moro e os integrantes da força-tarefa de irregularidades na condução das investigações que levaram a sua condenação.
Trechos dos diálogos foram mencionados por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento que concluiu pela parcialidade do ex-juiz e anulou a condenação do petista no caso tríplex do Guarujá, uma decisão que posteriormente foi estendida a outras ações penais contra o petista no Paraná.
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