Foto: Boca de Forno News
Nesta quarta-feira (28), às 10h, o governador Jerônimo Rodrigues entregou, em ato simbólico, cozinhas comunitárias e solidárias e anuncia a construção de novas unidades em Feira de Santana, durante a realização do 3º Seminário Estadual do Bahia Sem Fome, no Centro de Convenções do município. Durante a programação, o governador também autorizou a compra de equipamentos para cozinhas e creches comunitárias, e de cestas alimentares por meio do Programa Bahia Sem Fome. Ainda foi anunciado o lançamento de um novo edital do programa Comida no Prato, que prevê apoio a 110 cozinhas comunitárias e solidárias em 20 municípios baianos.
Em entrevista coletiva, Jerônimo não escondeu a alegria de estar na cidade fazendo os anúncios com todos os presentes. “São R$ 151 milhões para garantirmos editais para que essas cozinhas comunitárias funcionem, equipamentos para que as creches comunitárias tenham condições de atender e recursos para capacitar as pessoas que estão nesses locais no dia a dia”.
Jerônimo diz ainda que essa é uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e da Segurança Alimentar, do combate a fome, garantindo que o Governo Federal puxe o Brasil Sem Fome e os estados garantam e os municípios também possam ser aliados. “Estamos falando para que a sociedade se envolva nessa luta. Já reduzimos pela metade em dois anos e meia as pessoas em vulnerabilidade que estão passando fome”.
Ele agradeceu ainda aos empresários, igrejas, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal, artistas, jogadores de futebol que participam dessa luta junto com o estado, garantindo a coleta de alimentos. “Estamos autorizando a aquisição de mais 100 mil cestas de alimentos com conteúdo nutricional qualificado para que possamos ajudar também. Essa é a ação emergencial”.
Foto: Boca de Forno News
A ação constante, que é a subsequente, é a busca de empregos, editais da agricultura familiar para garantir agroindústrias funcionando, programas de capacitação pela CETRE. “Vamos fazer essas ações até a última pessoa sair da situação de indignidade, de viver sem os seus direitos respeitados. Chegaremos a 50 mil famílias atendidas e não é o primeiro programa. Estamos fazendo isso desde 2023”.
O governador pediu aos prefeitos que também se envolvessem nessa luta. “Sei que eles já fazem isso, mas faço esse pedido. São mãos dadas. Nos ajudem a localizar essas pessoas que estão nessa situação. Nós em algum momento sentimos a fome, mas sabemos que não vai demorar de comer. Tem pessoas que não tem isso. Que sentem a barriga roncar, calafrios, dor de cabeça porque não tem o que comer. Vamos tirar essas pessoas dessa condição e garantir a esperança de que possamos aos poucos conseguir essa vitória”.
Jerônimo Rodrigues e José Ronaldo no anúncio - Foto: Boca de Forno News
São João
O edital já foi aberto para que os municípios possam concorrer e o apoio cultural do Governo do Estado chegue a eles. “Sempre reforço que os prefeitos possam estimular que esse dinheiro contrate artistas locais, da região e do estado. Mas não é apenas esse dinheiro que colocamos. Colocamos na Segurança Pública, nas estradas que estamos nos esforçando mesmo com a chuvas”.
BR-324
Jerônimo disse que pediu ao ministro Renan Filho que abrissem mais cancelas porque em alguns momentos estão havendo congestionamentos. Pediu ainda que o guincho, reboque e ambulâncias. Por fim, pediu que melhorasse o piso da estrada para que fique tudo tranquilo nos festejos juninos.
PEC do fim da reeleição
Para Jerônimo, essa PEC representa redução de custos. “De dois e dois anos temos custos com fundo, horários eleitorais, partidos e pessoas investidos. Defendo que possamos nos concentrar em uma única eleição. Em outros países temos esse mesmo quadro. Sei que tem a dificuldade de nos cinco anos não dar para o governante concluir projetos, mas podemos pactuar para que aquele projeto que é importante para o Município, Estado e União não quebre a sequência”.
Foto: Boca de Forno News
Situação de Clécia Vasconcelos
A polemica que envolve a saída da delegada Clécia Vasconcelos da DEAM também foi assunto de Jerônimo. Ele disse que a pouco tempo trocou a cúpula da Segurança Pública no estado e que nesta “não pode se criar limo”. “Tem que renovar para que os vícios não aconteçam. É preciso oxigenar. Acompanhei a polêmica. A delegada não será demitida, será transferida para outra área em Feira de Santana. Nessa área não tem como, três, quatro anos é o suficiente. Ela já foi removida para outra área e espero que ela possa dar suor e inteligência da Segurança Pública”.
Marina Silva
Parlamentares ofenderam nesta terça-feira (27) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Comissão de Infraestrutura do Senado. O debate era sobre a proteção ambiental na Amazônia. Em determinado momento, o senador Marcos Rogério, do PL, presidente da Comissão, disse que Marina Silva deveria "se por no seu lugar". E o senador Plínio Valério, do PSDB, afirmou que respeitava a mulher, mas não a ministra.
“Marina tem uma história linda. O jeito, o estilo dela é ser uma real defensora do meio ambiente e dos pobres. Todos conhecem seu currículo. O Senado é um ambiente de debate, mas algumas pessoas ainda insistem em se utilizar da violência. É doloroso, não concordamos como a forma como uma mulher negra, que fala com tranquilidade, não é de gritar, foi tratada. Ela tinha que se impor e fez isso porque tem que ser respeitada como ministra que é. Minha solidariedade a ministra Marina”.
Chapa puro sangue
O ministro da Casa Civil Rui Costa e o senador Jaques Wagner confirmaram candidatura ao Senado Federal, o que formaria assim uma chapa puro sangue do PT. O senador Angelo Coronel disse que não desistiria da sua reeleição. Jerônimo disse que o jogo está sendo jogado com as peças sendo mexidas no tablado. “O meu lugar de governador nesse grupo é garantir a nossa unidade. Todos podem falar, mas enquanto governador vou construir a unidade e uma chapa competitiva e que não soltemos a mão. Até agora ninguém maltratou ninguém e não haverá. O que está acontecendo é da política e vamos discutir isso”.
Secretário de Desenvolvimento Rural
Osni Cardoso - Foto: Boca de Forno News
Osni Cardoso, secretário de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia, ressaltou que tem visto a presença de fome mais nos grandes centros do que em cidades menores. “O que nosso governador quer é pegar a experiência de outras pessoas que já trabalham com a distribuição de alimentos de bom grado e colocar nelas dinheiro e equipamentos.
“Isso porque o governador acredita que é possível tirar a fome da Bahia e ele continua firme nessa estratégia. O princípio da orientação é: ganhou o recurso, compra e procura nossas cooperativas para comprar o alimento nas nossas mãos. Queremos dar alimento a quem não tem e comprar na mão de quem produz com carinho e qualidade para ele também ter, linkando as políticas públicas que são capazes de dar dignidade ao povo baiano”.
Ainda conforme o secretário, a SDR investe de R$ 700 a R$ 800 milhões por ano em diversas estratégias e parte da estratégia do Bahia Sem Fome passa por sua pasta. “Todo o que fazemos é acompanhado de debate e discussão para que as pessoas compreendam o que está fazendo. Nada é solto porque não vai funcionar com qualidade”, finaliza.
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