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Bahia Chuvas na Bahia

Mais de 100 cidades baianas seguem em alerta amarelo do Inmet

Evite enfrentar o mau tempo; observe alteração nas encostas; evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada; e obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

08/05/2025 08h34
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Reginaldo Ipê/TribunadaBahia
Foto: Reginaldo Ipê/TribunadaBahia

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 107 cidades baianas estão sob alerta amarelo, que contempla as seguintes áreas: Nordeste, Sul, Centro Norte Central e Centro Sul Baiano, além da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Conforme aviso válido até às 10h desta quinta-feira (8), que indica perigo potencial, a chuva deve variar de 20 a 30 mm/h ou chegar a 50 mm/dia, representando ainda um baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos, em cidades com tais áreas de risco.

Dentre as orientações para a população, estão: evite enfrentar o mau tempo; observe alteração nas encostas; evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada; e obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Em Salvador, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) recebeu, até às 17h30 desta quarta-feira (7), 126 solicitações decorrentes das chuvas que atingiram diversos pontos da cidade: 35 ameaças de desabamento, 35 de deslizamento, nove de queda de árvores, 16 deslizamentos de terra, sete árvores caídas, um desabamento de imóvel (em Cajazeiras), cinco infiltrações e dois desabamentos parciais.

Ainda conforme o órgão municipal, a previsão para hoje na capital baiana é de céu nublado a parcialmente nublado, com chances de até 80% chuvas fracas a moderadas, a qualquer hora do dia. As localidades que registraram maior volume de precipitação em 24h, até às 16h de ontem, foram: São Cristóvão (40,6mm), Cajazeiras (37,8mm), Castelo Branco (32,2mm), Palestina (31,8mm) e Boca da Mata (29,8mm).

Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia

Rio Joanes transborda e deixa estragos

Cidades como Candeias, Camaçari e Simões Filho contabilizam transtornos provocados pelas chuvas e em Lauro de Freitas, o Rio Joanes transbordou, alagando várias casas da região de Abrantes. De acordo com a prefeitura municipal, a situação foi decorrente do acumulado de 307mm de chuva, que ocasionou o aumento da vazão das barragens de bairros como: Portão e Caixa D'Água, que foram mais afetadas.

“Equipes estão atentas, acompanhando de perto e prestando assistência à comunidade. Equipes seguem atuando no Rio Joanes, retirando baronesas para melhorar o fluxo da água e minimizar novos impactos das chuvas”, detalhou a gestão municipal, através das redes sociais.

Na última segunda-feira (5), a prefeitura divulgou ter realizado visitas às barragens de Joanes I e Ipitanga I, que já registravam um aumento do nível da água, acionando o alerta vermelho. De acordo com o superintendente Handerson Fábio Alves, uma junção de vários fatores está contribuindo para que o alerta seja acionado, entre eles a abertura das comportas da Joanes II; o aumento do nível da água de todas as barragens; a geografia da cidade; a tábua de maré, e principalmente a chuva.

Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia

De acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc), 47 pessoas, entre adultos e crianças, de 11 famílias, estão sendo assistidas pela prefeitura. Em caso de emergência, a população pode acionar os órgãos competentes por meio dos canais oficiais de atendimento 199 ou entrar em contato pelo whatsapp (71) 3288-8628.

Como explica Fernando Borba, presidente da entidade sem fins lucrativos, Oscip Rio Limpo, o problema das enchentes em Lauro de Freitas, nos últimos 20 anos, se deve ao crescimento desordenado da área urbana da cidade, sem obedecer às áreas de proteção ambiental. Ele afirma que as construções nas várzeas, do lado dos riachos, dos rios, agravam a situação, alinhado à descarga de esgoto no Rio Joanes, já que as obras de saneamento em Lauro de Freitas se estendem há mais de uma década. 

                                                                   Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia

 
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