PMs são presos suspeitos de estuprar foliã dentro de viatura

Dois policiais militares foram presos em flagrante pelos crimes de abandono de posto e descumprimento de missão após darem carona a uma jovem, de 20 anos, na noite de domingo (2), em Diadema, na Grande São Paulo. Durante a madrugada, após sair do veículo, a mulher acusou os agentes de estupro.

Segundo informações do Metrópoles, a jovem estava em um bloco de Carnaval em Santo André, no ABC Paulista. Por volta das 22h05, quando já estava em Diadema, pediu ajuda ao soldado Leo Felipe Aquino da Silva e ao cabo James Santana Gomes, do 24º Batalhão. Eles então teriam mandado ela entrar no veículo, porque iam levá-la para casa.

Cerca de 20 minutos depois, a jovem enviou áudios pedindo ajuda para a mãe, afirmando ter sido abusada sexualmente. Ainda de acordo com o registro feito pelo Centro de Comunicação da PM, os policiais teriam pedido que ela apagasse a mensagem, "pois no áudio informa que os PMs abusaram dela sexualmente".

A mulher ainda chegou a encaminhar um vídeo feito dentro da viatura, bem como foto dos dois agentes. Diante do relato, outros policiais foram acionados para apurar a denúncia feita via 190.

Os dois agentes afirmaram ter "prestado apoio à moça", afirmando que ela supostamente "entrou em surto na viatura". Ambos negam ter absusado sexualmente dela e, por conta do suposto surto, pediram que ela desembarcasse da viatura, nas proximidades da Rodovia Anchieta.

A jovem foi encontrada por familiares, sem seu celular, na Unidade de Pronto Atendimento do bairro da Liberdade, no centro da capital paulista. Anteriormente, havia sido levada a uma delegacia, mas, devido ao seu estado emocional, os policiais civis acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a encaminhou à unidade de saúde.

Em nota, a Polícia Militar infomrou que a denúncia é apurada "rigorosamente" e que "todas as circunstâncias dos fatos são apuradas, inclusive com a análise das câmeras corporais [dos PMs]". Os agentes tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.